segunda-feira, 23 de julho de 2012

Férias no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emilio Goeldi


Que tal aproveitar as férias de julho para visitar um lugar que oferece contato com a natureza  e ainda proporciona conhecimento sobre a fauna e flora da Amazônia?
Agência Museu Goeldi 
Localizado no centro da cidade, o Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, próximo de completar 117 anos de existência, é um marco na paisagem da cidade de Belém. O Parque funciona como acolhedor local de encontro com a Ciência, a História e a Natureza, atraindo visitantes do Brasil e do exterior. O espaço proporciona o contato com exemplares da fauna e flora amazônicas, monumentos históricos e diversas espécies ameaçadas de extinção.
Exposições com exemplares dos acervos da instituição de pesquisa mais antiga da Amazônia, são outras atrações que estimulam os visitantes. 

Áreas verdes como o Parque do Museu Goeldi representam um refrigério para a vida urbana. Melhoram a qualidade do clima e do ar do entorno, já que a presença da vegetação ameniza o calor. Trata-se de uma área tranquila, excelente para fugir da correria do dia-a-dia. O contato com a natureza ameniza os ruídos urbanos e ajuda a perceberem sons agradáveis ao seu redor.

O Parque Zoobotânico (PZB) do Museu Goeldi, com mais de cinco hectares de área, não é apenas um local onde o público visitante pode desfrutar de uma sensação agradável de bem-estar, mas tem a importante missão de sensibilizar a sociedade para a necessidade de preservação do meio ambiente. Um contato próximo com animais e plantas da região ajuda nessa missão.

Nova moradora- Para além de um espaço de lazer, o Zoobotânico é um centro de tratamento e berçário para animais que, devido às ameaças que sofrem, têm suas chances reduzidas em um ambiente natural. Recentemente o Parque do Goeldi ganhou uma nova moradora. É um filhote de onça-preta (Panthera onca), com cerca de 4 meses de idade, pesando entre 6,5 a 7,0 kg. Ela foi resgatada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Cametá, e trazida ao Museu para receber cuidados médicos até que esteja pronta para receber a visita do público. A Panthera onca é uma das espécies ameaçadas de extinção.

O trabalho de cuidar de animais que sofreram algum tipo de lesão, ou que foram submetidos a situações de risco, é uma das vertentes do atendimento do setor de veterinária do Parque. Ocasionalmente, quando dispõe de espaço, a instituição recebe animais resgatados em operações do Ibama ou da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). No Parque, eles recebem os cuidados necessários até que estejam bem de saúde. A possibilidade de serem vistos pelo público visitante do Museu Goeldi depende se o animal tratado será incorporado ao plantel permanente – e para isto aconteça deve ser verificado se há espaço condizente, e se o animal é uma espécie regional rara, ameaçada de extinção, ou se há necessidade de formar casais com outros bichos que já moram no Parque. Caso contrário, a instituição fica com a guarda temporária até que o Ibama possa destiná-lo a algum criadouro ou outro parque zoológico.

Dessa maneira, o PZB é reconhecido por trabalhar em prol da conservação das espécies amazônicas, e cumprir um papel educativo e científico. A diversidade da fauna e da flora encontrada no Parque serve de inspiração para trabalhos de estudantes, pesquisadores e a imprensa local e internacional.

Os bastidores do Museu – Além dos espaços ao ar livre, o visitante também tem a opção de visitar a exposição “O Museu que você não conhece”, situada no prédio da Rocinha. A exposição apresenta alguns detalhes sobre os bastidores do Museu Goeldi, que trabalhos são realizados diariamente por servidores, bolsistas,estagiários e colaboradores  para que o público se sinta acolhido e faça da visita um momento de lazer e aprendizagem.

No trajeto expositivo, o visitante irá conhecer, por exemplo, o minucioso trabalho dos taxidermistas, especialistas que tratam da montagem ou reprodução de animais para exibição ou estudo, preservando a forma da pele e o tamanho dos animais. Além de ver filmes e painéis que abordam os cuidados com a flora e fauna e algumas das pesquisas desenvolvidas pelo Museu Goeldi que possibilitam conhecer mais a natureza amazônica.

História - Tombado como Patrimônio Histórico Nacional e Estadual, o Parque Zoobotânico do Museu Paraense foi criado em 1895 pelo naturalista suíço Emílio Goeldi. Possui hoje cerca de duas mil espécies vegetais e mil representantes de animais amazônicos. Dentre as espécies botânicas do espaço, destacam-se as árvores de grande porte, como a samaumeira e o ipê, mas também as espécies ameaçadas de extinção, como o mogno.

Já na coleção faunística, destacam-se as espécies em extinção em cativeiro, como a arara-azul, a onça e a ariranha, além dos muito conhecidos e procurados jacaré-açú e os macacos Coatá e Mico-de-cheiro. Mas, a fauna livre também é um grande atrativo para os visitantes e um diferencial do Parque. Nele, cotias, garças, guarás, preguiças, além das iguanas, que convivem livremente com os visitantes.

Com mais de um século de existência, o Parque do Museu Goeldi está sendo revitalizado. A proposta prevê a busca por uma contínua integração que valorize as relações entre planta-animal, com melhores ambientações para os animais. A ação de revitalização do Parque inclui ampliação das áreas verdes, a valorização da fauna e da flora, de prédios e monumentos históricos.

Serviço:Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi- End: Av. Magalhães Barata, 376. Horário de funcionamento: terça a domingo, das 9 às 17 horas.  A exposição o Museu que você não conhece, em cartaz até dezembro de 2012, possui horário de funcionamento diferenciado aos sábados, domingos e feriados: das 9h às 15 h. Valor do ingresso: R$2,00. Crianças até 10 anos e adultos a partir de 60 anos têm acesso livre. Estudante, mediante a apresentação da carteira, paga R$1,00.

Texto: Isis Cordovil