quarta-feira, 6 de junho de 2012

Estudantes de Prudente criam plataforma para observar animais


Plataforma é leve e pode ser carregada para o interior da matas
Projeto conquista o 2º lugar no Prêmio Alcoa de Inovação em Alumínio

O projeto Plataforma Portátil “Preguiça”, de alunos da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), Câmpus de Presidente Prudente, obteve o segundo lugar, na modalidade “Estudante”, no Prêmio Alcoa de Inovação em Alumínio, divulgado em 31 de maio. A criação desmontável e portátil foi desenvolvida para uso no alto de árvores, constituindo um posto de observação para estudos científicos da fauna e da flora em florestas.
A proposta tem o bicho-preguiça como fonte de inspiração – o mamífero da fauna brasileira consegue, com suas garras, se manter nas grandes árvores sem muito esforço. A plataforma simula o mesmo método: é dotada de travamentos na parte superior e no nível da base, assim como os braços e pernas do bicho-preguiça.
O autor do invento é Danilo da Silva Barbosa, aluno do curso de Arquitetura e Urbanismo da FCT. Ele liderou uma equipe formada por seus colegas de graduação Esdras Veloso dos Santos, Fabrizio Lucas Rosatti, Marcelo Gonçalves Hasimoto, Murilo Bruno Camurça e Rafael Loureiro. Os estudantes tiveram a orientação do professor da FCT Claudemilson dos Santos.

O prêmio consistiu, para o autor, em troféu, diploma e prêmio em dinheiro no valor líquido de R$ 5 mil e, para o professor orientador, em troféu, diploma e um notebook. A Alcoa, empresa promotora do concurso cultural, tem sede nos EUA e é líder na mineração, industrialização e reciclagem do alumínio. Mais informações sobre a premiação em www.alcoa.com/brazil/pt/custom_page/premio-alcoa/edicao-2011_estudante.asp .

Conforto nas alturas

A criação dessa espécie de base elevada levou em conta segurança, estabilidade, espaço e facilidade de transporte, içamento e montagem, requisitos fundamentais para as atividades de observadores e cientistas de campo. Normalmente, esse trabalho é feito de improviso, montando-se o posto de observação nos galhos das árvores. Com o produto, os pesquisadores que precisam passar horas no alto de árvores, em meio a florestas nativas, terão mais conforto.
Segundo os autores do projeto, não há equipamentos no mercado que atendam plenamente às necessidades de pesquisadores de animais e plantas. As ferramentas similares, feitas de aço ou madeira, são destinadas à prática de arvorismo ou para profissionais do setor elétrico. Para os criadores da plataforma, o emprego de alumínio foi fundamental para sua leveza no transporte e durabilidade diante de intempéries.
O júri foi integrado por José Roberto Giosa, da Latasa Reciclagem; Auresnede Pires Stephan, da Fundação Armando Àlvares Penteado, Faculdade Santa Marcelina e Escola Superior de Propaganda e Marketing; Milton Braga, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e da MMBB Arquitetura; Marcelo Nakagawa, do Centro de Empreendedorismo do Insper; e Alfredo Imagawa Junior, da Alcoa.
Em sua decisão, os jurados destacaram a proposta de imediata aplicação do projeto e a “engenhosidade em resolver com soluções simples problemas difíceis como transporte, montagem e estabilidade em projetos ambientais e de exploração florestal e ecoturismo.”

Assessoria de Comunicação e Imprensa do Portal da UNESP