quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Lagos do planeta ficaram 2ºC mais quentes em 25 anos, diz Nasa


 
Lake Tahoe, seen here from Emerald Bay Lake Tahoe, seen here from Emerald Bay, was one of the primary validation sites for the global lake study. Image credit: NASA/JPL-Caltech 

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Global trends map Global trends in seasonal nighttime lake surface temperatures, 1985-2009. Image credit: NASA/JPL-Caltech
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Advanced Along-Track Scanning Radiometer (AATSR) image of the Lake Tahoe, Calif./Nev. regionAdvanced Along-Track Scanning Radiometer (AATSR) image of the Lake Tahoe, Calif./Nev. region, acquired Sept. 25, 2002. AATSR bands at 0.87, 0.67 and 0.55 micrometers are displayed in red, green and blue, respectively. Satellite data such as these were used to compute the lake surface temperatures. Image credit: ESA 

Os lagos de todo o mundo ficaram, em média, 2ºC mais quentes desde 1985, o que representa aumento de temperatura duas vezes mais rápido que o da atmosfera global, segundo um estudo da Nasa.

A agência espacial norte-americana chegou à conclusão após medir a temperatura superficial da água em 167 lagos de todo o mundo através da tecnologia de satélite do seu Jet Propulsion Laboratory.

O estudo, publicado nesta quarta-feira (24) na revista “Geophysical Research Letters”, revela que os lagos se aqueceram em média 0,45 grau Celsius por década, e alguns chegaram ao ritmo de um grau Celsius por década.

Os lagos que registraram os maiores aumentos de temperatura são os do hemisfério norte, especialmente os situados em latitudes médias e altas.

O que mais se aqueceu foi o Ladoga, na Rússia, cuja temperatura aumentou quatro graus Celsius desde 1985, seguido de perto pelo Tahoe, situado entre Califórnia e Nevada (Estados Unidos), que subiu três graus Celsius no mesmo período, segundo o coautor do estudo, Simon Hook.

Por zonas, o norte da Europa é onde se registra um aquecimento mais consistente, enquanto no sudeste do continente, na região dos mares Negro e Cáspio, as temperaturas da água aumentam de forma mais suave.

Ao leste do Cazaquistão, na Sibéria, Mongólia e no norte da China a tendência de reaquecimento volta a se fortalecer, segundo indica o estudo.

Na América do Norte, os lagos que mais se aquecem são os do sudoeste dos Estados Unidos, a um ritmo ligeiramente superior ao dos Grandes Lagos do norte.

O aumento de temperatura é muito menor nos trópicos e no hemisfério sul, especialmente nas latitudes médias.

Para avaliar a temperatura, os pesquisadores da Nasa utilizaram tecnologia de infravermelhos da Noaa (sigla em inglês de Administração Atmosférica e Oceânica Nacional dos EUA) e da ESA (sigla em inglês da Agência Espacial Europeia). 
(Fonte: Folha.com)